Na mata fechada.

Quando dei por mim estava ali naquele lugar, podia sentir cada gota de suor que tinha em meu corpo.

Aquele calor eu percebia na pele do rosto, os insetos voavam em minha volta, o barulho de suas asas eram ensurdecedor.

Eu quase que podia ver a umidade do ar pairando por entre o verde da floresta, tão fechada que mesmo na encosta daquele perau era só o que eu via lá pra baixo.

Na minha volta a mata era tão fechada que meu primeiro pensamento era de como eu tinha chegado até ali.

Um flash das plantas que me chicoteavam a cara relampejava no meu pensamento.

Fora o zumbido dos insetos, aves e macacos gritavam sua sinfonia comum de todos os dias.

Tentei mais uma vez observar o ambiente tentando encontrar alguma pista. Mas uma perturbação na floresta me chamou atenção, alguma coisa se movia por entre as arvores, os pássaros voavam de dentro das copas das mais altas.

Estavam todos de verde e se confundiam com as cores da floresta, mas com tamanha brutidão que os animais se apresavam em se afastar do que quer que fosse aquilo.

Eu logo pude perceber o que era, pois conseguia escutar seus passos e cochichos, além das ordens do capitão.

Mesmo do outro lado do perau, por onde se estendia igual paredão ao aquele em que eu me encontrava no perau, surgindo por entre a mata em uma trilha recém formada por facões eles me viram.

Serrei os dentes, estufei o peito, levantei levemente a cabeça, serrei os olhos, e olhei diretamente nos olhos do primeiro que percebeu minha presença. 

Pude perceber o pavor em seu olhos, pude ver o suor aumentando na sua testa, seu corpo arqueou pra traz se escorando no seu companheiro que estava logo atrás, nisso outros já começavam a perceber que eu estava ali.

Conforme fui absorvendo as reações, fui tomando conta de que eu não deveria esta naquele lugar.

Pelas roupas, armas e equipamentos eram de um tempo diferente do meu.

Minha concentração nos detalhes daquele pelotão foi tão grande que acabei sendo teletransportado para o lado daquele pelotão.

Logo do lado do mais apavorado, ainda tive tempo de me aproximar ao seu ouvido e dizer com voz tranquila e calmante.

Não tenha medo e desapareci, do mesmo jeito que tinha aparecido.

O incidente foi reportado para os superiores, muitas novas expedições foram feitas mas nunca mais foi visto e e consequentemente reportado.

Mas ninguém nunca mais se esqueceu do que aconteceu naquele dia, inclusive eu. 

Fiquem em paz espero que gostem.

Obrigado e até o próximo!

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O enigma que faz com que eu não veja o céu.

A noite nem está tão negra, o tempo fechado faz com que eu não veja o céu.

Meu coração nem esta tão negro, meus pensamentos fazem com que eu não veja o céu.

A vida nem é tão ruim, as pessoas na minha volta fazem com que eu não veja o céu.

O mundo esta indo pro buraco, a sociedade faz com que eu não veja o céu.

Eu não vejo o céu, pois ali não há futuro.

Nem pra mim, nem pro futuro.

Eu não tenho mais esperanças, pois o mundo esta sem rumo.

O amor perdeu, tudo o que se vê está no bolso.

Nem eu, nem o céu.

Caminhando na chuva, com minhas mãos no bolso.

Só elas esquentam, mas a chuva esfria minha cabeça.

Cada vez mais eu não tenho o que dizer, pensamentos que não saem da minha cabeça.

Só o silencio é capaz de responder todas as perguntas, pobre do pobre coitado que não cala a boca.

Desculpem pelo texto sem sentido, era essa mesmo a intenção.

Aguardem mais textos daqui pra frente.

Fiquem em paz espero que gostem.

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Eu li a bíblia satânica e agora virei satanista?

Já fazia um tempo que eu tinha baixado o livro para o tablet e há muito tempo eu tinha vontade de ler a bíblia satânica da Anton Lavey, mas como não são sou religioso e nem acredito no sobrenatural, mesmo tendo passado por digamos "situações sobrenaturais", não posso me render e acreditar simplesmente por acreditar. Pois o sentimento que é mais forte em mim é o ceticismo, pretendo criar um post sobre esse tema, mesmo tendo passado por essa situações, relatadas aqui no meu blog, mas mesmo assim não acredito completamente que foram situações sobrenaturais, não tenho como confirmar nada então fico na duvida e continuo estudando o assunto com seriedade, sei q é difícil pois a quantidade de desinformação que ronda esse assunto é grande, uma das minhas maiores criticas aos religiosos é facilidade com que eles compram uma ideia, bom a bíblia é o exemplo máximo disso.

Falo isso pois quem leu o livro de Anton Lavey não é uma pessoa que compraria sua ideia de inicio, e nem ha comprei, como tudo nessa vida você não precisa concordar com uma ideia completa quando ela lhe é apresentada, você pode simplesmente concordar com certos pontos e discordar com outros. Em contraponto isso que digo é que até o final da terceira de quatro partes do livro eu quase que o concordava integralmente com as ideias do livro, já estava quase me considerando um satanistas sem saber.

Nessas três primeiras partes o livro se mostrou como um código de vida, sendo principalmente um manifesto contra as religiões e uma reverencia aos prazeres da vida humana e sobre nossas vontades mais primordiais e como as religiões criam a sensação de pecado em cima desses prazeres que são próprios da natureza humana e isso cria diversas questões morais e problemas psicológicos apenas com a intenção de manter o status e riquezas das religiões, não todas é claro, mas 90% com certeza.

Outra coisa que concordei com a bíblia de Anton foi a questão do amor aos que nós nos importamos e com aqueles que são inocentes e como não devemos desperdiçar nosso amor com aqueles que não merecem, antes que alguém me critique lendo isso é exatamente o que vemos nos cristãos de hoje em dia quando vociferam pela ira de Deus ao infiéis.

Mais um ponto de concordância na leitura foi o endeusamento da própria pessoa e na sua busca pela felicidade e para aquele que ama vida verdadeiramente sem dogmas, mas diferente da ideia de se sentir superior aos outros a ideia do livro é que ao endeusar-se o homem ao mesmo tempo também endeusaria o seu próximo desde que ele também tivesse consciência de sua existência, não há como não concordar com essa ideia.

Outra coisa que é fácil de se deixar iludir é quando o autor do livro profere palavras como se fosse o próprio Satã, nas palavras dele, Satã não quer que você o idolatre, ou se curve diante dele, Satã quer você ao lado dele, amanando a vida e poxa quem não se sente compelido o aceitar essa doutrina, pois o seu Deus supremo não é uma criança com problemas psicológicos.

Até agora para quem ta lendo esse meu post parece que o livro não fala nada do sobrenatural e realmente esse é o caso, quando o livro trata dos rituais ele ainda faz brincadeira com os rituais satânicos que são apresentados pelo folclore ou por seus opositores. O autor enfatiza que a chave do satanismo é o respeito ao inocente, e que nunca um animal, ou virgem, ou criança poderia ser sacrificado, que o único sacrifício aceitável seria de pessoas realmente más, ou nas palavras de Lavey aquele que quase implora para ser expurgado. Mas mesmo tal atrocidade não tem nada ha ver com banhar-se nas vísceras do assassinado. Antes que você comece a tirar conclusões sobre o assunto, lembre-se que não é nada muito de diferente com o que se prega hoje a corruptos e assassinos de nossa sociedade, o próprio estado parece que implanta tal ideia nos dias de hoje, se não fosse a favor não armava sua policia.

Depois o livro passa a tratar sobre os antigos demônios conhecidos na atualidade, trazendo as correlações e informações de como esses hoje demônios eram antigos deuses de religiões conhecidas como pagãos hoje, ou seja não há como criar novos heróis sem transformar os antigos em vilões.

Depois a ultima parte trata sobre os rituais que nada tem haver com mutilações ou sangue de inocentes, mas com uma certa forma de escarnio com os rituais ditos sagrados das religiões modernas do único caminho, mas mesmo assim ensina como dever ser feitos tais rituais. Essa parte é a parte em que discordo quase que totalmente, apesar de reconhecer a necessidade de rituais para satisfazer as necessidades humanas, sou contra a forma com que o autor do livro cria como deve ser feitos tais rituais e acredito nos poderes dos rituais e dos símbolos mas que o poder está na cabeça de quem faz significados em tais rituais. Claro que reconheço que rituais satânicos são de certa forma mais reconhecida entre outras pessoas o que tornaria o ritual "mais poderoso" pois teria uma facilidade de ser reconhecido e isso poderia trazer alterações nas percepções dos indivíduos envolvidos.

Depois de tudo isso como unica conclusão que poderia tirar dessa leitura seria lendo a bibliografia do autor do livro Anton Lavey, e como o próprio se auto-denomina o maior mentiroso que já existiu é bem isso que ele e esse livro são, não que as as ideias contidas nesse livro sejam mentiras como um todo, mas a obra em si é uma mentira, mentira como qualquer uma outra que tenta se mostrar como uma verdade ou caminho, pois não existe caminho, a mente é muito complexa, apesar de seguir padrões existem diferentes graus da própria consciência e uma formula que pode servir para varias pode não servir para um.

Apenas o auto-conhecimento podem trazer a luz ao caminho e aquele que busca atalhos ou é ingenuo ou é burro.

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Meu problema com O Caibalion foi ter lido O Poder do Subconsciente antes.

Eu sempre tive curiosidade em ler o Caibalion, mas foi um daqueles livros que eu sempre posterguei em ler, eu já estava bem inserido nos preceitos herméticos e depois de assistir a série Dark eu me senti compelido em ler o livro, quem já leu o Caibalion compreende todas as ideas do mentalismo que são inseridas pelo livro, que ao meu ponto de vista tem todo o sentido lógico. Quem não conhece os preceitos herméticos provavelmente conhece sobre o livro a lei da atração, que é praticamente uma lição sobre o mentalismo hermético modernizado e com linguagem mais moderna.

Enquanto eu lia o Caibalion não conseguia a todo momento me desviar da leitura pensando em como tudo aquilo ali que estava escrito era muito abstrato, não conseguia não comparar com O Poder do Subconsciente aonde Joseph Murphy, que também tem trata do assunto do mentalismo, mas com um teor mais cientifico, com exemplos práticos, e dados científicos aplicados pois o autor do livro era um médico e teve métodos práticos de aplicação e testes da eficiência do mentalismo, ali podemos ver o sr. Joseph mostrando os resultados em diversos pacientes. O que torna a leitura muito mais tangível para pessoas que são mais "materialistas" como eu, usei as aspas pois não me considero existencialmente um materialista, talvez um assunto para outro post.

As sete leis herméticas são tão abrangentes e abstratas que já compõem toda a abstração que o assunto necessita, um livro como o Caibalion tentando explicar essas abstrações pode se tornar algo inteligível e pra quem se considera um materialista ou cientista de dados, pode se tornar em certos momentos até monótono, eu realmente tive dificuldade em manter o foco na leitura por certos momentos, pois sempre comparava com o objetivismo do Poder do Subconsciente.

Outra coisa que pode ter dificultado minha concentração na leitura foi que no momento em que lia o Caibalion eu havia assistido a série da Netflix Dark, que apresenta muitos acontecimentos misticos o que pode ter feito meu subconsciente esperar por algo mais que o livro não oferecia. É claro que isso não tem nada a ver com o livro em si e sim com minhas expectativas o que pode ser totalmente diferente de leitor para leitor.

Apesar de toda a subjetividade do livro e que simplesmente as sete leis de hermes já serem o suficiente para um bom entendedor compreender todo o significado do mentalismo, o livro aprofunda os ensinamentos de hermes trazendo autonomia para o verdadeiro iniciado, dando as rédias da vida para o individuo que ao meu ver é o primordial para que a pessoa tenha consciência sobre sua existência e sobre a lógica que governa o todo.

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A vez em que tive um sonho lúcido.

Lembro-me muito bem desse sonho, não que eu tenha escrito e relido, pois na época não tinha o habito de documentar meus sonhos, mas foi uma experiencia tão marcante em minha vida que lembro muito bem até das sensações. Não que eu tenha tido um sonho revelador ou algo sobrenatural, foi apenas uma sensação inexplicável. Foi contar pra vocês como foi meu sonho.

O outro carro que eu tinha era um Vw-Pointer prata, fiquei muitos anos com ele, adorava o carro, durante um tempo ele teve um problema bem comum nesse modelo, que era na caixa de fusíveis, mas isso eu só fui descobrir um tempo depois. Naquela época normalmente eu ia de carro todos os dias para o trabalho, trabalhava a uns 40 km de minha casa. Porem já fazia muito tempo em que eu ia de carro para o trabalho e quando aconteceu esse problema meu carro não dava partida. Por isso resolvi largar o carro na garagem e começar a andar de trem, minha casa e meu trabalho eram relativamente perto das respectivas estações de trem.

Comecei então a ir para o trabalho de trem e meu carro ficou aquele tempo na garagem de casa, porem não lembro quanto tempo depois, não muito, pois meu carro não ficou muito tempo parado foram no máximo uns 15 dias. Nesse intervalo tive sonhos recorrentes com meu carro, dois em especial que tive sonhos lúcidos.

Um em que me acidentava e outro que eu era furtado. Os dois foram muito semelhantes, mas o mais impressionante foi em que fui furtado. Na época eu era muito jovem ainda. Meu carro na minha cabeça era praticamente tudo o que eu tinha.

Sonhei então que estava próximo ao centro da minha cidade. No qual eu retornava de algum local chegava no lugar aonde deixei o carro, e não o encontrei. Lembro bem da sensação, de que havia perdido meu carro, que havia sido roubado, tive aquele desespero que quem já teve o carro roubado sabe bem.

Porém ao refletir mais sobre a situação, no sonho mesmo, lembrei-me que não poderia estar naquela situação pois meu carro estava parado na minha garagem o mesmo nem ligava, e logo percebi que estava sonhando.

Fiquei impressionado, a primeira coisa que fiz foi começar a reparar no ambiente, comecei a refletir sobre tudo o que estava vivenciando, que aquilo estava tudo em minha mente. Normalmente aquela região é muito movimentada e logo reparei que mesmo no meu sonho ela continuava movimentada.

Comecei a reparar nas pessoas, eu não reconhecia nenhuma e ao mesmo tempo me perguntava de onde eram aquelas pessoas, era tudo uma criação da minha cabeça eu me perguntava.

Logo após tive uma ideia incrível, quero ir pra casa, quero ver como minha casa estava no meu sonho, será que me encontraria dormindo na cama.

Fui correndo para casa, mas quando comecei a chegar mais perto fui de repente jogado pra cima como se flutuasse e acordei.

Já no segundo caso tive um acidente desses aonde dois carros se batem em um cruzamento, meu carro ficou destruído, tive novamente a mesma sensação de bem perdido, logo lembrei-me que não poderia estar ali pois meu carro continuava parado na minha garagem, dessa vez não prestei atenção no arredor, tentei novamente voltar pra minha casa, mas esse era um local totalmente desconhecido para mim, logo acordei.

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Bloqueio criativo de um ano

Estava analisando meu blog e consigo perceber que estou a mais de um ano sem postar quase nenhum texto novo, mantive apenas o blog do clube da tecnologia atualizado e mesmo assim com uma frequência muito baixa de postagens, consigo perceber uma correlação entre a minha falta de sonhos com a minha falta de novos textos.

Estive fazendo uma reflexão nesses últimos dias do porque disso.

Sobre os sonhos não tenho ideia, apenas conjecturas, posso nesses últimos tempos ter me tornado mais materialista. Não no sentido de quem se apega a coisas materiais, por que essa não é a minha filosofia de vida, é um mantra que procuro recitar todos os dias, o desapego as coisas. Mas quando falo materialista falo das minhas prioridades, pois como tenho programado como nunca na minha vida, sinto que cheguei em um nível que nada seria impossível de se criar, também ainda na minha área profissional comecei a participar cada vez mais de novos projetos de TI.

Outra coisa que comecei a fazer no ano passado foi investir em day-trade, por incentivo de um amigo fiz um cadastro em uma corretora e fui começando de vagar até que me joguei de cabeça, ainda estou muito no inicio dos conhecimentos, mas sinto que conheço o mercado de ações e economia como nunca conheci em minha vida, as coisas já começam a fazer sentido em minha cabeça.

Outra coisa que me deixou muito chateado foi aquela historia da censura, pois acredito que aquele posts sobres os deputados de carreira que foi censurado tirou-me toda a confiança em escrever para o blog, pois quais outras ideias também seria censuradas?

Outra coisa que acabou me consumindo muito tempo foi o video game, em certos momentos acabei dando prioridade para alguns jogos que não levavam a lugar algum, não que jogar video game ao meu ver seja algo que leva a lugar algum mas alguns jogos sim, um dele que sou muito viciado é o Football Manager, no qual já me livrei do vicio.

Outra coisa que fiz nesse ultimo ano foi fazer entregas em aplicativos, como Ifood e Uber, fiz apenas como a forma de conseguir uma renda extra, e claro de criar um mecanismo para sair de casa, pois estava passando muito tempo na frente do computador, não saia mais pra nada e encontrei nesses aplicativos uma forma de fazer algo diferente, não posso culpa-los pela minha falta de foco pois fazia esporadicamente e era uma forma de fazer algo totalmente fora do meu costume, e andar de moto se tornou uma das minhas maiores paixões nos últimos tempos.

Espero que escrevendo esse texto e enumerando algumas das coisas que fiz façam com que crie um gatilho em minha mente e façam com que eu volte a sonhar e escrever meus sonhos.

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O bocó com a camiseta do Mercyful Fate que perdeu a menina que gostava de Metallica.

Por um mistério da mente eu bloqueei tudo o que aconteceu comigo antes de uma certa idade, principalmente a minha época de escola. Não lembro de quase nada daquela época, mas de vez em quando eu lembro de uma historia ou outra e elas sempre me trazem uma sensação de como eu era um babaca. Estava aqui escutando algumas musicas e tocou uma do Metallica e essa musica me trouxe a lembrança dos meus primeiros dias de escola no ensino médio, como eu havia mudado de uma escola aonde estudei quase minha vida toda para outra, em outro lugar, pessoas novas, outra casta da sociedade, mas a historia que vou contar tem mais haver com o que aconteceu naquelas primeiras semanas e com a musica do Metallica.

Eu era muito ingenuo tinha por volta de uns 14 anos, sempre fui fissurado em futebol e minha vida era isso e video games, o resto acho que nem passava na minha cabeça. Eu havia ganho da minha avó uma camiseta preta do Mercyfull Fate, tinha a capa do disco na frente e mito bem feita, eu adorava ela, ia pro colégio varias vezes com ela, eu praticamente não conhecia ninguém fora os meus vizinhos que também estudavam lá, por isso eu passava os recreios sentado em um banco no meio do patio da escola, foi ai em tão que ela apareceu, era a menina mais linda da escola, eu era tão boco que nessa época eu nem pensava isso, eu só fui saber disso conforme os anos foram passando, eu nem lembro o nome dela, mas ela ficou conversando comigo algumas vezes no intervalo, lembro bem da primeira vez que falei com ela, veio ela e a prima que depois de um tempo descobri que estudava comigo na mesma sala, ela me perguntou se eu conhecia o Metallica, por causa da minha camiseta do Mercyfull Fate, e eu muito babaca disse que não, mas mesmo assim ela conversou comigo por um tempo, depois apareceu outra menina querendo ficar comigo no intervalo, e dai um monte de gente que eu nem conhecia veio falar comigo que essa menina que eu nem lembro o nome ela "fazia coisas", pois ela já tinha feito, foi dai então que essa menina a do Metallica num intervalo desses eu fiquei abraçado com ela, eu nem me lembro mais por que diabos ela ia querer ficar abraçado comigo, mas eu lembro que veio a amiga dessa menina que fazia coisas e falou algo pra mim tipo para eu ir pro inferno ou algo do tipo, e eu?
Eu bocó, nem sabia o que tava acontecendo, foi no final daquele intervalo da escola que o pessoal do segundo ano começou a gritar assim.
- To louco então.
Eu ainda babaca que era, no final fui lá conversar com eles, acabei ficando amigo deles, acabei me relacionando com o pessoal do segundo ano até o final do meu ensino médio, pelo menos enquanto fiquei naquela escola, essa é uma outra historia pra contar em outro post.

E a menina do Metallica? Eu não sei, depois desse dia eu quase não vi mais ela, acabei descobrindo com esses meus "novos amigos", que ela era a menina mais cobiçada, que era a mais linda a mais inalcançável da escola e eu bocó nunca mais nem sequer falei com ela.

Depois de um tempo ela começou um relacionamento com um professor da minha escola, e os dois sumiram, nunca mais nem sequer ouvi falar dela, hoje em dia ainda menos foi quase que bloqueei essa parte da minha vida.
Se eu me arrependo,sim, me arrependo de ter sido um babaca com a menina na época, mas eu já fui até mais babaca com outras em outras épocas da minha vida.

Como dizia o Charles Harpear, se existisse um liquido mágico que apagasse essas memorias da gente.
Eu sei que como tudo dessa época eu faço questão de esquecer eu sei que em breve esquecerei dessas memorias também.

Que bom que agente amadurece e fazer uma reflexão principalmente escrevendo é até de certa forma libertador.

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